Introdução
Com o aumento dos investimentos em infraestrutura, investidores passaram a usar termos comuns do mercado de capitais, como “core”, “core plus” e “valor agregado”.
Mas, ao contrário de outras classes de ativos do mercado privado, como o imobiliário, onde existe um consenso quanto às classificações de perfil de risco, as inúmeras categorias de infraestrutura são menos precisas, e diferenças significativas são frequentemente encontradas na forma como esses rótulos são usados.
Como uma classe de ativos, a infraestrutura provou ser resiliente ao longo dos ciclos do mercado. No entanto, períodos de volatilidade do mercado mostraram o quanto esses perfis de risco podem ser ilusórios e serviram como um lembrete de que nem toda infraestrutura é igual. A estabilidade do fluxo de caixa e o desempenho de alguns ativos classificados sob o mesmo perfil de risco têm variado durante períodos de volatilidade do mercado. E, dependendo da magnitude e da natureza dessa variação, o valor também pode ser impactado.
Hoje, muitos gestores de ativos de infraestrutura descrevem suas estratégias de investimento como core, mas a meta de retornos brutos que eles declaram pode variar de menos de 8% a mais de 15%. Claramente, nem todos definem core da mesma maneira.
Os investidores, portanto, não devem confiar nesses rótulos e assumir que a definição de uma estratégia core é a mesma que a de outra. Em vez disso, eles devem se aprofundar para compreender verdadeiramente o perfil de risco subjacente de uma determinada estratégia (ver Imagem 1). Isto é especialmente relevante no atual ambiente de baixa taxa de juros, em que alguns investidores institucionais transferiram alocações de renda fixa para a infraestrutura core.
A Brookfield investe em todo o espectro de risco da infraestrutura, e define core como investimentos em ativos essenciais, de menor risco, e com previsão de fluxo de caixa de longo prazo. Isso também inclui atributos específicos que blindam os investimentos na maioria dos cenários econômicos, e devem produzir sólidos retornos ajustados pelo risco.