Introdução
Dois anos após o início da pandemia, o futuro do mercado de escritórios continua provocando debates acalorados.
Em agosto de 2020, manifestamos a nossa posição: edifícios de alta qualidade nos maiores centros urbanos com ambientes de “vida pessoal, trabalho e lazer” se sairiam muito melhor do que prédios comerciais mais antigos e com altas despesas de capital diferidas, ou em localizações menos desejadas.1 Em outras palavras, a demanda por edifícios comerciais da melhor qualidade continuaria alta, o que acabou se tornando uma realidade.
Hoje, a Green Street, uma empresa de análise de imóveis comerciais, prevê que a demanda por escritórios diminuirá aproximadamente 15% devido ao regime de trabalho flexível.2 No entanto, essa previsão ofusca o evidente "salto para qualidade", onde o impacto negativo da demanda é centrada em edifícios mais antigos e defasados, ao mesmo tempo em que a demanda segue forte para espaços de alta qualidade.
Estes edifícios de escritórios podem ser novos ou recentemente renovados, e tendem a ser repletos de amenidades, em cidades relevantes e próximos a hubs de transporte. Desde o início da pandemia, por exemplo, 84% dos aluguéis realizados na região central de Manhattan foram de ativos Classe A ou de empreendimentos icônicos, de acordo com a Cushman & Wakefield.3